HISTÓRIA E TRADIÇÃO

Bordados de Ibitinga

O bordado chegou a Ibitinga com mulheres imigrantes e migrantes, como uma prática passada de geração em geração. Inicialmente visto como atividade doméstica e símbolo de status, ganhou importância econômica com a crise do café, quando muitas mulheres passaram a bordar para ajudar no sustento da família. Figuras como Dioguina Sampaio foram fundamentais na organização da produção e comércio local, inspiradas em modelos portugueses tradicionais.

Crescimento e Industrialização da Atividade

A formalização da profissão ocorreu com a criação do Sindicato das Bordadeiras em 1988 e o reconhecimento legal da atividade em 1990. Isso garantiu direitos trabalhistas e revelou que boa parte das famílias da cidade dependia da indústria do bordado. Atualmente, a produção é em sua maioria computadorizada e dominada por homens migrantes, mas o bordado tradicional ainda resiste, mantendo viva a história e a identidade cultural de Ibitinga.

Profissionalização e Resistência do Bordado Artesanal

A formalização da profissão ocorreu com a criação do Sindicato das Bordadeiras em 1988 e o reconhecimento legal da atividade em 1990. Isso garantiu direitos trabalhistas e revelou que boa parte das famílias da cidade dependia da indústria do bordado. Atualmente, a produção é em sua maioria computadorizada e dominada por homens migrantes, mas o bordado tradicional ainda resiste, mantendo viva a história e a identidade cultural de Ibitinga.

Início do Século 20
Bordado como Herança Familiar
O bordado chegou a Ibitinga pelas mãos de mulheres migrantes e imigrantes, que trouxeram o ofício aprendido com suas mães e avós. Nesse período, bordar era um símbolo de status e parte da educação doméstica feminina.
Início do Século 20
1935
Primeira Turma da Escola de Bordado da PAFF
A criação da primeira turma marcou o início do ensino organizado do bordado em Ibitinga, ainda voltado para o uso doméstico e produção de enxovais.
1935
Anos 1930-40
Crise do Café e Reinvenção Econômica
Com a queda da economia cafeeira, mulheres ibitinguenses buscaram no bordado uma alternativa de sustento, transformando o ofício em atividade produtiva e comercial.
Anos 1930-40
Anos 1940–1950
A Influência de Dioguina Sampaio
Dioguina organiza redes de produção e revenda de bordados em Ibitinga, seguindo o modelo das Casas de Bordado portuguesas, iniciando uma estrutura comercial sólida.
Anos 1940–1950
Anos 1950
Início da Industrialização do Bordado
A popularização das máquinas manuais impulsiona a produção, e Ibitinga se torna referência na venda de enxovais para cama, mesa, banho e bebê.
Anos 1950
Anos 1960
A Revolução da Máquina Singer “Cabeça Preta”
A modificação feita por Gottardo Juliani nas máquinas Singer acelera a produção e atrai a atenção da própria empresa, que lança modelo exclusivo para Ibitinga.
Anos 1960
Anos 1970-80
Expansão dos Salões e Participação Masculina
A atividade cresce tanto que os homens passam a trabalhar no setor, e o bordado se consolida como principal fonte de renda da cidade.
Anos 1970-80
1988
Fundação do Sindicato das Bordadeiras de Ibitinga
As bordadeiras se mobilizam para regularizar a profissão, conquistando reconhecimento e direitos formais em 1990, como carteira assinada e piso salarial.
1988
Anos 1990
O Bordado Move a Economia Local
Com o reconhecimento da profissão, revela-se o impacto do bordado na economia ibitinguense — presente em praticamente todas as casas da cidade.
Anos 1990
Anos 2000 em diante
A Chegada das Máquinas Computadorizadas
As empresas automatizam a produção com máquinas computadorizadas, mas o bordado artesanal continua vivo nas casas e feiras da cidade.
Anos 2000 em diante